segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

DIVINDADES


Eu contemplo as divindades das serpentes, das caveiras, dos escamas, das penas, dos chifres e dos tridentes.
Divindades que não me prometem nada além túmulo nem me mentem estórias mal formuladas.
Rezo para essas divindades que como sou me aceitam, sem me julgar nem condenar, que me mostram a realidade mas ao mesmo tempo acalentam meu sono para que eu com o que mais anseio possa devanear ou sonhar.
Cultuo as divindades andróginas, hermafroditas, completas, que tudo me dão sem nada me cobrar, e em seus braços me consolam na hora em que eu venha chorar.
Deidades que riem com meu sorriso, dançam comigo a música das esferas, se alegram com minha alegria e copulam com meu prazer.
Amo todos os deuses-deusas que habitam meu corpo tão insignificante fazendo de minha alma imortal despertar do novo que dela nasce todo dia, e de cada expiração.

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