segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A EGRÉGORA DO SINCRETISMO

Umbanda, Candomblé e Batuque são religiões Afro-brasileiras oriundas das tradições africanas que cultuam Irúnmolè. Devido à inquisição que o Brasil sofreu do estado de São Paulo para cima os negros foram obrigados a disfarçar sua religiosidade mascarando-a com os santos católicos.
Na umbanda as imagens de santos católicos são usadas como ícones na representação dos Òrìsà, já no Camdonblé e no Batuque o sincretismo só influencia nas datas de festividades e comemorações dos santos.
Muitas vezes as atribuições dos santos são confundidas com as atribuições dos Irúnmolè, talvez por falta de informação adequada, pois isso também ocorre muitas vezes no que concerne a experiência de vida do santo que acaba sendo atribuída ao Òrìsà.
Penso que o sincretismo não é mais necessário nos cultos e na liturgia Aro-brasileira, portanto deve ser respeitado pelo fato de já estar instituída uma egrégora em torno disso. É claro que devemos abrir espaço para a postura que daremos segmento em relação aos iniciados à partir de agora.

Apresento então algumas associações sincretistas para aqueles que ainda farão uso delas.

ÈSÚ São Pedro (Lodé)
Santo Antônio (Agelu)

ÒGÚN São Jorge

OYÁ Santa Bárbara

SÁNGÓ São Jerônimo (Ogodo)
São Pedro (Airá)

AGANJÚ São Miguel Arcanjo
São João Batista (Deí)

ÌBÉJÌ São Cosme e São Damião

ÕBA Santa Catarina

ÒSÓSI São Sebastião

ÒTÍN Nossa Senhora de Lourdes

LÒGÚN-EDE Santo Expedito

ÌRÓKÒ Santo Onofre

OSANYIN São Roque
SÒNPÒNNÓ São Lázaro

OSUMARÈ São Bartolomeu

YEWÁ Santa Cecília

ÒSUN Nossa Senhora da Conceição (Pandá)
Nossa Senhora das Dores (Docô)
Nossa Senhora Aparecida (Demun)
Nossa Senhora das Graças (Yeye Care)
Nossa Senhora do Carmo (Miwà)

IEMOJA Nossa Senhora dos Navegantes

NÀNÁ Nossa Senhora de Santana

OSANLÁ Menino Jesus de Praga (Menino)
Divino Espírito Santo (Velho)
Coração de Jesus (Moço)

Pode haver diferenças de estado para estado do Brasil, aqui apresentei um exemplo, que é o que me cabe. É importante salientar que para podermos retomar o conhecimento esotérico e litúrgico dos povos africanos não podemos continuar misturando as coisas, e devemos pelo menos respeito a este conhecimento trazido da África com tanto sofrimento.

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